Como correu...: Dinamo de Zagreb 0 x 2 FC Porto
O nosso Porto esteve longe de fazer ópera. No entanto, a nossa equipa estava consciente disso mesmo. Reparou desde cedo, que bastava gerir bem a bola, e realizou isso mesmo, acelarando apenas nalgumas situações de jogo, para tentar marcar. E podíamos ter ganho por mais golos. Contudo, também podíamos ter sofrido, se não fosse São Helton. Foi o jogo necessário para garantir o objetivo, os três pontos.
O Porto desde cedo iniciou o seu jogo, o da posse de bola, acampando no meio campo adversário. No entanto, o nosso trio ofensivo não deixou uma boa marca, havendo consecutivamente cruzamentos sem nexo na esperança vã de alcançar um canto. James e Varela lá iam tentando fazer as suas diagonais, assim como Alex Sandro, (Miguel Lopes ia mais à linha), mas sem um resultado prático.
O golo chegou perto do intervalo, quando numa boa jogada de entendimento entre James e Alex Sandro, este cruza, sobrando a bola, após desvio do guarda-redes, para Lucho que, após uma boa desmarcação, faz o primeiro.
O Porto ia para intervalo consciente do jogo que tinha realizado até àquela altura. Percebeu que bastava gerir o jogo com cuidado, nunca deixando de dominar o mesmo. E o golo chegou, previsivelmente.
Na segunda parte, o Porto continuou a controlar de forma clara, contudo passou por momentos complicados, pois Sammir e companhia, tentaram o golo, sendo que duas dessas oportunidades foram negadas por Helton, que esteve fenomenal, tanto nas suas defesas, como a lançar os jogadores lá à frente. O golo do Porto chegou nos descontos, de forma natural, quando o Dinamo já estava desesperado.
É necessário referir que o Dinamo tem muito, mas muito que evoluir. Não consegue ser perigoso o suficiente, e não se pode esconder durante o jogo todo. Contudo, considero que Sammir e Vida são jogadores essenciais para a equipa.
Sintecamente, foi um jogo que podia ter sido melhor, pois podíamos (e, talvez, devessemos ter marco tendo em conta o adversário) ter construido um resultado mais volumoso. Mas dominámos, controlámos e conquistámos os três pontos. Tendo em conta as circunstâncias, nomeadamente a pausa que a equipa teve, e a falta definitiva de Hulk, que abandonou a equipa, e a temporária de Fernando (ainda que Defour tenha jogado muito bem, sendo muito melhor a construir que o Polvo), realizámos o trabalho de forma razoavelmente bem.
Destaques positivos:
- Helton
- Defour
- Lucho (Um absoluto senhor. Esteve muito bem e marcou. Ficará espantado ao saber que o seu pai faleceu horas antes da partida)
- Controlo coletivo do FC Porto
Destaques negativos:
- Moutinho (não esteve ao seu melhor nível)
- Trio ofensivo. É necessário destacar que quem esteve particularmente mal foi Jackson, que foi muito lento naquela oportunidade claríssima na boca da baliza. Se bem que quando caiu devido a Tonel, devia de ter sido marcado o penalty e respetivo vermelho mostrado.
Muito bem. Boa crónica!