Vilão da Semana: Kléber
22/08/2012
Esta semana, o Azzul 24 escolhe para "Vilão":
Kléber Laube Pinheiro, o jovem avançado brasileiro que entre 2010 e 2011 foi protagonista de uma longa novela ao bom estilo mexicano, que (como novela que se preze) acabou com o final feliz e que todos (ou, vá, quase todos) desejavam: a sua entrada no plantel do FC Porto.
O FC Porto pagou 2,3M€ ao Atlético Mineiro por 50% do passe do jogador, que chegava com o objectivo de ser suplente de Radamel Falcao, ir evoluindo com os conselhos do colombiano, e saltar para a ribalta quando Falcao fosse vendido.
No entanto, a saída de Radamel Falcao em Agosto de 2011, a troco de 40M€ (mais 7M€ por objectivos), acabou por precipitar a titularidade de Kléber, que foi desde logo "lançado às feras", sem que tivesse tempo para aprender o que quer que fosse com o colombiano.
Nesta altura, as expectativas em torno de Kléber eram elevadas. Além de ter a árdua tarefa de substituir o melhor marcador da Liga Europa 2010/11, Kléber tinha marcado 5 golos em outros tantos jogos durante a pré-época, tendo inclusive bisado em 2 ocasiões.
Mas, como sabemos, Kléber não correspondeu às expectativas...
Chega o mês de Janeiro e Kléber contava com apenas 7 golos na sua conta pessoal; tinha perdido a titularidade depois do nulo em Olhão e tinha facturado apenas 1 vez nos últimos 3 meses.
Urgia contratar um substituto. No dia 31 de Janeiro, logo após o desaire por 3-1 em Barcelos, chega o gigante austríaco Marc Janko. Kléber tinha ainda menos espaço no FC Porto, e só seria titular em mais 3 ocasiões até ao final da época: na derrota por 3-2 na Luz, a contar para a Taça da Liga (0 golos, substituído aos 72'), na vitória por 0-1 em Braga (0 golos, substituído aos 45') e na vitória por 2-5 em Vila do Conde, na última jornada do campeonato (3 golos, fez os 90 minutos)
O hat-trick de Kléber fazia aumentar novamente as expectativas em torno do brasileiro... Chega a pré-época e Kléber factura no primeiro jogo transmitido pela TV: 2 golos ao Servette. As expectativas aumentavam ainda mais... Os portistas tinham agora esperança que este ano o avançado brasileiro "explodisse" e fizesse por merecer toda a novela que rodeou a sua contratação.
... 5 jogos passaram... Évian, Celta, Santa Clara, Valencia, Lyon... 307 minutos somou o brasileiro nestes jogos e 0 golos marcou.
Chegam as competições oficiais. Kléber fica no banco frente à Académica, perdido que estava o lugar para a recente contratação Jackson Martinez; esteve para entrar, mas depois de Miguel Lopes apresentar queixas musculares, Vitor Pereira opta por fazer entrar Varela e deixa Kléber sem participar no jogo.
Uma semana depois, jogo para a 1ª jornada do campeonato em Barcelos. Jogo difícil de desatar, pois falta arte e engenho aos portistas para ultrapassar o autocarro estacionado à entrada da área do Gil Vicente. 57 minutos de jogo, e continua o 0-0. Vitor Pereira recorre a Kléber, tira Fernando, e junta o brasileiro a Jackson Martinez na frente de ataque, colocando o FC Porto num atípico 4-2-4.
Kléber, mais uma vez, não corresponde às expectativas. Nos 33 minutos que está em campo, aparece apenas uma vez num lance digno de realce. Uma boa desmarcação, um passe magnífico de João Moutinho, Kléber está isolado frente a Adriano... Mas falha a recepção e perde uma excelente oportunidade para fazer funcionar o marcador.
33 minutos, 1 toque na bola, 0 golos. São estes números que, somando aos 307 minutos em branco durante a pré-época, justificam a atribuição desta indesejada distinção ao avançado brasileiro.
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